Foto: http://www.wanderlino.com.br/academia/fundadores.html
ALFREDO MARQUES VIANNA DE GÓES
( Minas Gerais – Brasil )
nasceu em Montes Claros/MG, em 23.11.1908 e faleceu em Belo Horizonte/MG, em 14.10.1992. Quando criança, a família mudou-se para Curvelo/MG, onde terminou seus estudos de segundo grau, onde viveu sua juventude e onde também se casou.. Em 1935, mudou-se para Belo Horizonte, onde fez o curso de Direito. Ativista cultural, foi um dos fundadores da Academia Montesclarense de Letras, na sua terra natal, bem como da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais-AMULMIG, em 08.04.1963.
Dessa foi seu presidente por quase 28 anos, quando passou a presidente vitalício e o vice-presidente Tasso Ramos de Carvalho passou a presidente executivo. Nesta casa destacou-se pela liderança e pela oratória.
Fez parte também da Academia de Letras Municipais do Brasil e do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Recebeu diversas medalhas pelo mérito intelectual, entre elas a de Santos Dumont. Contista, cronista e poeta, foi intensa a sua colaboração na imprensa mineira. Publicou em 1987 o livro Vultos e Fatos do meu tempo – contos, crônicas e poemas, de onde foram compilados os sonetos abaixo. A Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais homenageia seu presidente fundador quando dos concursos internos sob a denominação Concurso Interno Alfredo Marques Vianna de Góes.
Biografia: http://www.wanderlino.com.br/academia/fundadores.html
SANTOS, Diva Ruas. Antologia da Poesia Mineira. Belo Horizonte: Ed. Cuatiara, 1992. 192 p. Capa e montagem Maxs Portes. Editora: Diva Ruas Santos - Apresentação: Alberto Barroca.
Ex. bibl. Antonio Miranda - POESIA INFANTIL – INFANTO-JUVENIL
E A VIDA CONTINUA
Homem! Por que não tens o dom da juventude
como a árvore que vive em contínua alvorada
e do outono, retorna à antiga plenitude
do viço primitivo, em nova madrugada?
E assim, vencendo a tempo e a própria senectude,
é cada vez mais bela aos cimos da jornada.!
Se todo se anseia e busca a angelitude
e toda a natureza é sempre transformada.
No eterno vir a ser que tudo prenuncia,
certo que o ser humano, à face e eternidade
do próprio Criador, transmuda e regenera...
Se a morte é como a noite, ao fim de cada dia,
do nascer ao morrer, até a eternidade,
a vida é o amanhã — Aurora que se espera!
AD IMMORTALITATEM
Sinto a saudade vã de recôndita era...
De um mundo, onde, talvez, tenha vivido outrora.
E sei, por intuição, que a morte não supera
a Vida, que transcende o espaço e o tempo em fora.
A vida é como o tempo! Uma emoção de espera...
Se o sol se pões, depois a noite incide a Aurora,
se um ser morre, renasce, alhures, noutra esfera,
E assim, como expirou, exsurge e revigora.
Então, noutro avatar, em nova natureza
Revive, ama e, no amor, realiza a humanidade,
e a vida continua — além da flama acesa.
Do milagre vital da entidade criada —
por ser eterno o ser, essência e atividade
Do próprio Deus que anima a gênese do nada.
*
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Página publicada em agosto de 2022
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